Estamos em construção
obrigado

sexta-feira, 20 de julho de 2012

historia Pitágoras



 
     Pitágoras é um buscador da verdade por excelência.
     Ele viajou por toda parte - por quase todo o mundo conhecido em seu tempo - em busca de Mestres, das escolas de mistérios, atrás de todos os segredos ocultos. Da Grécia, ele foi ao Egito - em busca da Atlântida perdida e de seus segredos.
     No Egito, a grande biblioteca de Alexandria ainda estava intacta. Ela continha, preservados, todos os segredos do passado. Foi a maior biblioteca que já houve na terra - tempos mais tarde, ela foi destruída por um muçulmano fanático. A biblioteca era tão grande, que levou seis meses para se queimar em fogo contínuo.
     Vinte e cinco séculos antes de Pitágoras, um grande continente, a Atlântida, havia desaparecido no oceano. O oceano que é chamado de "Atlântico", é assim chamado devido a esse continente, a Atlântida.
     A Atlântida era o continente mais antigo da terra, e a civilização tinha alcançado suas mais altas possibilidades. Mas, sempre que a civilização alcança uma grande altura, há um perigo: o perigo de se desintegrar, o perigo de cometer suicídio.
      A humanidade está encarando o mesmo perigo atualmente. Quando o homem se torna poderoso, ele não sabe o que fazer com esse poder. Quando o poder é demasiado e a compreensão é mínima, o poder sempre tem se mostrado perigoso. A Atlântida não afundou no oceano por nenhuma calamidade natural. Deu-se exatamente a mesma coisa que está acontecendo atualmente: foi o próprio poder do homem sobre a natureza. Foi através da energia atômica que a Atlântida foi submersa: foi suicídio do próprio homem.
      Mas todas as escrituras e todos os segredos da Atlântida ainda estavam preservados em Alexandria.
      Por todo o mundo, há parábolas, histórias, sobre uma grande inundação. Essas histórias têm origem no afundamento de Atlântida. Todas as histórias - cristãs, judaicas, hindus -, todas elas falam uma grande inundação que teria acontecido no passado e que destruíra quase toda a civilização. Apenas alguns conhecedores, iniciados, teriam sobrevivido. Noé era um conhecedor: um grande Mestre e a arca de Noé é apenas um símbolo.
      Algumas pessoas escaparam à calamidade. Com elas, todos os segredos que a civilização tinha conseguido descobrir, sobreviveram. Eles foram preservados em Alexandria.
      Pitágoras viveu em Alexandria durante anos. Ele estudou, foi iniciado na escola de mistérios do Egito - principalmente nos mistérios de Hermes. Então, ele veio para a Índia,onde foi iniciado em tudo o que os brâmanes desta terra ancestral haviam descoberto, em tudo o que a índia tinha conhecido sobre mundo interior do homem.
      Durante anos, ele esteve na índia, então, ele viajou até o Tibet e depois até a China. Esse era todo o mundo conhecido então. Por toda a sua vida ele foi um buscador, um peregrino, em busca de uma filosofia - filosofia no verdadeiro sentido da palavra: amor pela sabedoria. Ele era um amante, um filósofo - não no sentido moderno da palavra, mas no sentido antigo, ancestral da palavra. Porque um amante não pode somente especular, um amante não pode somente pensar sobre a verdade: um amante tem de buscar, arriscar, aventurar.
      A verdade é a amada. Como você pode ficar somente pensando sobre ela? Você tem de estar conectado com a amada pelo coração. A busca não pode ser somente intelectual: ela tem de ser, lá no fundo, intuitiva. Talvez o começo tenha de ser intelectual, mas somente o começo. Apenas o ponto de partida tem de ser intelectual, mas, finalmente ela tem de alcançar o âmago profundo do seu ser.
      Pitágoras foi um dos homens mais generosos, mais liberais, democráticos, abertos, sem preconceitos. Ele era respeitado em todo mundo. Desde a Grécia até a China, ele foi reverenciado.
      Ele foi aceito em todas as escolas de mistérios; foi bem-vindo com grande alegria em todos os lugares. Seu nome era conhecido em todas as terras. Onde quer que fosse, era recebido com grande regozijo.
      Mesmo já iluminado, ele continuou buscando penetrar os segredos escondidos, continuou pedindo para ser iniciado em novas escolas. Ele estava tentando criar uma síntese: ele estava tentando conhecer a verdade através de tantas possibilidades quanto fosse humanamente possível. Ele queria conhecer a verdade em todos os aspectos, em todas as suas dimensões.
      Ele estava sempre pronto para se curvar a um Mestre. Ele mesmo era um iluminado - isso é muito raro. Uma vez que você tenha se tornado iluminado, a busca pára, o buscar desaparece. Não há por quê.
      Buda tornou-se iluminado... então, ele não foi mais a nenhum outro Mestre. Jesus tornou-se iluminado... então, ele não foi a nenhum outro Mestre. Ou Lao Tzu, ou Zaratustra, ou Moisés... Desse modo, Pitágoras é algo único. Não existe nenhum paralelo. Mesmo depois de tornar-se iluminado, ele estava pronto para se tornar um discípulo de qualquer pessoa que existisse, capaz de lhe revelar algum aspecto da verdade.
      Sua busca era de tal ordem, que ele estava pronto a aprender de qualquer um. Ele era um discípulo absoluto. Estava pronto a aprender de toda a existência. Ele permaneceu aberto, e permaneceu um aprendiz até o fim.
      Todo o esforço foi... - e era realmente um grande esforço naqueles dias, viajar da Grécia até a China. Era algo cheio de perigos. A jornada era arriscada: não era fácil como hoje em dia. Atualmente, as coisas são tão fáceis, que você pode tomar o desjejum em Nova Iorque, almoçar em Londres, e sofrer indigestão em Puna. As coisas são muito simples. Naqueles dias, não era tão simples assim. Era realmente um risco. Sair de um país para outro país levava anos.
      Quando Pitágoras voltou, ele já era um homem muito velho. Mas buscadores se juntaram em torno dele; uma grande escola nasceu. E, como acontece sempre, a sociedade começou a persegui­lo, a perseguir a sua escola e seus discípulos. Durante toda a sua vida ele buscara pela filosofia perene, e ele a encontrara! Ele juntou todos os fragmentos numa extraordinária harmonia, numa grande unidade. Mas não lhe foi permitido pô-la em prática; não lhe foi permitido ensinar às pessoas.
      Ele foi perseguido de um lugar a outro. Muitos atentados foram feitos contra sua vida. Era quase impossível a ele, ensinar tudo que havia reunido. E seu tesouro era imenso - na verdade, ninguém jamais teve tamanho tesouro como o dele. Mas é assim que a tola humanidade é, e sempre foi. Este homem fez algo impossível: ele ligou o Oriente e o Ocidente. Ele foi a primeira ligação. Ele conheceu a mente oriental tão profundamente quanto a mente ocidental.
      Ele era um grego. Fora educado sob a lógica grega, sob a abordagem científica grega e, depois, foi para o Oriente. E, então, aprendeu os caminhos da intuição. Então, aprendeu a ser um místico. Ele mesmo era, por seus próprios méritos, um grande matemático. E um matemático que se torna um místico é uma grande revolução, porque esses são pólos opostos.
      O Ocidente representa a mente masculina, o intelecto agressivo. O Oriente representa a mente feminina, a intuição receptiva. Oriente e ocidente não são arbitrários - a divisão é muito significativa e profunda.
      E não se esqueçam de Rudyard Kipling: o que ele disse tem significância, tem sentido. Ele diz que o Oriente e o Ocidente jamais se encontrarão. Há uma fragmento de verdade nisso, porque o encontro parece ser impossível: os modos de funcionamento são tão diametralmente opostos!
      O Ocidente é agressivo, científico, pronto para conquistar a natureza. O Oriente é não­ agressivo, receptivo - pronto a ser conquistado pela natureza. O Ocidente é ávido de saber. O Oriente é paciente. O Ocidente toma todas as iniciativas para descobrir todos os mistérios da vida e da existência: ele tenta destrancar as portas. E o Oriente simplesmente espera em profunda confiança: “Quando eu for digno, a verdade me será revelada.”.
     O Ocidente é concentração da mente; o Oriente é meditação da mente. O Ocidente é pensamento; o Oriente é não-pensamento. O Ocidente é mente; o Oriente é não-mente. E Kipling parece estar logicamente certo, pois parece impossível que o Oriente e o Ocidente possam se encontrar.
      E "Oriente e Ocidente" não representa apenas a terra dividida em dois hemisférios: representa a mente também, seu cérebro também. Seu cérebro também está dividido em dois hemisférios exatamente como a terra. Seu cérebro tem um Oriente e um Ocidente nele. O lado esquerdo do hemisfério do seu cérebro é o Ocidente; ele está conectado com a mão direita. E o hemisfério do lado direito do seu cérebro é o Oriente; ele está conectado com a mão esquerda.
      O Ocidente é direitista. O Oriente é esquerdista. E os processos dos dois são muito diferentes... O hemisfério esquerdo da mente calcula, pensa, é lógico. Toda a ciência é produzida por ele. E o hemisfério direito do cérebro é um poeta, é um místico. Ele intui, sente. Ele é impreciso, nublado, misterioso. Nada é claro. Tudo é uma espécie de caos, mas esse caos tem sua beleza. Há grande poesia nesse caos, há grande canção nesse caos. Ele é muito cheio de sumo.
      A mente calculista é um fenômeno desértico. E a mente não-calculista é um jardim. Os pássaros cantam ali, as flores brotam... Trata-se de um mundo totalmente diferente.
      Pitágoras foi o primeiro homem a tentar o impossível, e ele teve sucesso! Nele, oriente e ocidente tornaram-se um. Nele, yin e yang tornaram-se um. Nele, masculino e feminino tornaram-se um. Ele foi um ardhanarishwar - uma total unidade dos opostos polares. Shiva e Shakti juntos.
      Intelecto do mais alto calibre e intuição do mais profundo calibre. Pitágoras é um pico, um pico ensolarado, e um vale profundo e escuro também. Essa é uma combinação muito rara.
      Mas todo o esforço de sua vida foi destruído pela gente estúpida, pelas massas medíocres. Esses poucos versos(*) são a única contribuição que sobrou. Esses versos podem ser escritos num cartão postal. Isso é tudo o que sobrou do empenho, do esforço desse grande homem. E isso também não foiescrito por sua mão: parece que tudo o que ele escreveu foi destruído.         
     (*)Osho está se referindo aos sutras de Pitágoras que serão apresentados posteriormente.
     No dia em que Pitágoras morreu, milhares dos seus discípulos foram assacrados e queimados. Somente um discípulo conseguiu escapar da escola: seu nome era Lysis. E ele fugiu não para salvar sua vida - fugiu apenas para salvar alguma coisa dos ensinamentos do Mestre. Estes Versos de Ouro de Pitágoras foram escritos por Lysis, o único discípulo que sobreviveu.
      Toda a escola foi queimada, e milhares de discípulos foram simplesmente assassinados e esquartejados. E tudo o que Pitágoras tinha acumulado em suas viagens - grandes tesouros, grande escrituras da China, da índia, do Tibet, do Egito, anos e anos de trabalho... - foi tudo queimado.
      Lysis escreveu estes poucos versos. E, como rege a antiga tradição, que um discípulo verdadeiro não conhece nenhum outro nome além de seu Mestre, estes versos não são chamados de Versos de Lysis: são chamados de Versos Dourados de Pitágoras. Ele (Lysis) não escreveu seu nome sobre eles.
Escola de Pitagoras
      Isso tem acontecido repetidamente. Aconteceu com Vyasa na índia, um grande Mestre. Em seu nome há tantas escrituras, que é impossível que um homem só pudesse escrever tantas escrituras. É humanamente impossível. Mesmo que mil pessoas tivessem escrito durante toda a sua vida continuamente, então, nem assim tantas escrituras poderiam ser escritas. Então, o que aconteceu? Elas todas são de autoria de Vyasa - mas elas todas não foram escritas por Vyasa, e sim por seus discípulos. Mas o verdadeiro discípulo não conhece nenhum outro nome além do de seu Mestre. Ele já desapareceu no Mestre; assim, o que quer que ele escreva, ele escreve em nome do Mestre. Assim, muitas teorias foram desenvolvidas por lingüistas, por estudiosos, professores - eles pensam ter havido muitos Vyasas, muitas pessoas com o mesmo nome. Tudo isso é absurdo houve somente um Vyasa. Mas através dos séculos, muitas pessoas o amaram tão profundamente, que quando escreviam algo, sentiam que era o mestre que estava escrevendo através delas – assinavam o nome do Mestre, porque elas eram veículos, apenas instrumentos, médiuns.
      • mesmo aconteceu no Egito com Hermes: muitas escrituras, todas escritas por discípulos dele. E o mesmo aconteceu com Orfeu na Grécia, e o mesmo com Lao Tzu na China e com Confúcio na China.
      •  discípulo perde sua identidade. Ele se torna completamente um com o Mestre. Mas algo de imenso valor foi destruído pela estupidez das pessoas.
      Pitágoras é o primeiro experimento na criação de uma síntese. Vinte e cinco séculos se passaram desde então, e ninguém mais tentou isso novamente. Ninguém antes tinha feito isso, e ninguém o fez depois tampouco. É preciso uma mente que seja ambas - científica e mística. Trata-se de um fenômeno raro. Acontece de vez em quando.
      Houve grandes místicos - Buda, Lao Tzu, Zaratustra. E houve grandes cientistas - Newton, Edison, Einstein. Mas, descobrir um homem que esteja à vontade com os dois mundos, facilmente à vontade, é muito difícil. Pitágoras é essa espécie de homem - uma classe em si mesmo. Ele não pode ser categorizado por mais ninguém.
      A síntese que ele tentou era necessária, principalmente nos seus dias, como é necessária atualmente - porque o mundo está novamente no mesmo ponto. 0 mundo se move numa roda. A palavra sânscrita para "o mundo" é 'sansara'. Sansara significa "a roda". A roda é grande: um círculo se completa em vinte e cinco séculos. Vinte e cinco séculos antes de Pitágoras, a Atlântida cometeu suicido - a partir do crescimento científico humano. Mas, sem sabedoria, o crescimento científico é perigoso. É como pôr uma espada nas mãos de uma criança.
      Agora, vinte e cinco séculos se passaram desde Pitágoras. Novamente o mundo está num caos. Novamente a roda chegou ao mesmo ponto - ela sempre volta ao mesmo ponto. Leva vinte e cinco séculos para este momento acontecer. Após cada vinte e cinco séculos, o mundo chega a um estado de grande caos.
      • homem se torna desenraizado, começa a se sentir insignificante. Todos os valores da vida desaparecem. Uma grande escuridão o cerca. 0 senso de direção é perdido. A pessoa simplesmente se sente acidental. Parece não haver nenhum propósito, nenhuma significância. A vida parece ser apenas um subproduto do acaso. Parece que a existência não cuida de você. Parece não haver vida após a morte. Parece que tudo que você faz é fútil, rotineiro, mecânico. Tudo parece ser sem importância.
      Esses tempos de caos, de desordem, podem ser uma grande maldição - como aconteceu na Atlântida - ou eles podem mostrar-se um salto quântico no crescimento humano. Depende de como os usamos. É somente em grandes momentos de caos que nascem as grandes estrelas.
      Pitágoras não estava sozinho. Na Grécia, Pitágoras e Heráclito nasceram. Na índia, Buda e Mahavira e muitos outros. Na China, Lao Tzu, Chuang Tzu, Confúcio, Mencius, Lieh Tzu e muitos mais. No Irã, Zaratustra. Na tradição brâmane, muitos grandes visionários dos Upanishads. No mundo do judaísmo, Moisés... Todas essas pessoas, esses grandes Mestres, nasceram num certo estágio da história humana - há vinte e cinco séculos.
      Agora, estamos novamente num grande caos, e a sorte do homem dependerá do que fizermos. Ou nos destruiremos como a civilização que se destruiu na Atlântida - o mundo toda se tornará uma Hiroshima; seremos afogados no nosso próprio conhecimento; com nossa própria ciência cometeremos suicídio, um suicídio coletivo. Alguns, um Noé e alguns de seus seguidores, podem se salvar, ou não.
      Ou, há uma possibilidade de que possamos dar um salto quântico.
      Ou o homem comete suicídio, ou o homem renasce. As duas portas estão abertas.
      Se tais tempos podem criar gente como Heráclito e Lao Tzu e Zaratustra e Pitágoras e Buda e Confúcio, por que não podem criar uma grande humanidade? Podem. Mas continuamos perdendo a oportunidade.
     As massas comuns vivem em tamanha inconsciência, que não podem ver nem mesmo alguns passos adiante. Elas são cegas. E elas são a maioria. Os próximos vinte e cinco anos(*), a última parte deste século, vão ser de imenso valor. Se pudermos criar um grande momentum no mundo para a meditação, para a jornada interior, para a tranqüilidade, para a quietude, para o amor, para Deus... se pudermos criar um espaço nesses vinte e cinco anos vindouros para Deus acontecer a muitas e muitas pessoas, a humanidade terá um novo nascimento, uma ressurreição. Um novo homem nascerá.
      (*)Este discurso foi proferido em dezembro de 1978, em Puna, índia.
     E uma vez perdidos estes tempos, então, por vinte e cinco séculos novamente, vocês permanecerão os mesmos. Algumas pessoas alcançarão a iluminação, mas ela permanecerá somente para algumas pessoas. Aqui e ali, de vez em quando, uma pessoa se tornará alerta e ciente do divino. Mas a maior parte da humanidade fica para trás - na escuridão, na completa escuridão, em absoluta miséria. A maior parte da humanidade permanece vivendo no inferno.
      Mas esses momentos em que o caos se espalha e o homem perde suas raízes no passado, torna-se desarticulado com o passado, são grandes momentos.
      Se pudermos aprender algo da história passada, se pudermos aprender algo de Pitágoras... As pessoas não puderam usar Pitágoras e sua compreensão, não puderam usar sua grande síntese, não puderam usar as portas que ele disponibilizou. Um único indivíduo fez algo imenso, algo impossível, mas aquilo não foi usado.
      Eu estou tentando fazer exatamente o mesmo novamente: sinto uma afinidade espiritual muito profunda com Pitágoras. Também estou trazendo até você uma síntese do Oriente e do Ocidente, da ciência e da religião, do intelecto e da intuição, da mente masculina e da mente feminina, da cabeça e do coração, da direita e da esquerda. Eu também estou tentando de todo modo possível criar uma grande harmonia, porque somente essa harmonia pode lhe dar um novo nascimento.
      Mas há toda a possibilidade de que o que foi feito a Pitágoras seja feito a mim. E há toda a possibilidade de que o que foi feito aos discípulos de Pitágoras seja feito aos meus saniássins. Contudo, mesmo sabendo dessa possibilidade, o esforço tem de ser feito novamente. Porque este é um tempo valioso. Ele vem somente de vinte e cinco em vinte e cinco séculos, quando a roda pode mover-se de um novo modo, pode tomar uma nova direção. Vocês todos têm de arriscar, e têm de arriscar tudo o que têm. E arriscá-lo com grande alegria! Porque, o que pode ser mais divertido do que darem nascimento a um novo homem, do que se tornarem veículos para o novo homem, para a nova humanidade?
      Vai ser doloroso, como todo nascimento é doloroso. Mas a dor pode ser felicitada se vocês compreenderem o que vai acontecer através dela. Se vocês puderem ver a criança saindo, então, a dor não mais é dor - da mesma forma que a mãe pode aceitar a dor para o nascimento do filho. A dor é irrelevante: seu coração está dançando de alegria - ela vai dar nascimento à vida, ela está sendo criativa. Ela está tornando este mundo mais vivo; uma nova criança está nascendo através dela. Deus a usou como um veículo; seu útero mostrou-se fértil. Ela está feliz, em grande alegria. Ela se regozija, embora a dor exista na periferia. Mas, quando essa grande alegria existe, a dor simplesmente funciona como um pano de fundo e torna a alegria até mais nítida. Lembrem-se...
      Meus saniássins podem tornar-se uma energia uterina, um campo de energia. Uma grande síntese está acontecendo aqui. Oriente e Ocidente está se encontrando aqui. E, se pudermos fazer essa coisa impossível acontecer, o homem viverá de um modo totalmente diferente no futuro. Ele não precisará viver no mesmo velho inferno. 0 homem pode viver em amor, em paz. 0 homem pode viver em grande amistosidade. 0 homem pode viver uma vida que seja pura celebração. 0 homem pode tornar esta terra divina.
      Sim: esta própria terra pode se tornar o paraíso e este próprio corpo o buda.
 
 
 

Autor: 
Osho
Fonte: 
www.iss.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário