Telepatia
e Telecinesia
Em outro artigo deste site
falamos da Radiestesia e da Fotografia Kirlian (Aura), analisando algumas
teorias e dando inclusive alguns circuitos práticos que o leitor pode usar em
pesquisas próprias. Nesta edição partimos para alguns outros fenômenos
paranormais, dando informações que permitam usar recursos eletrônicos na sua
pesquisa. Trataremos da telepatia e da telecinesia que é a capacidade de se
movimentar objetos à distância sem tocá-los. Muitas pesquisas interessantes
podem ser feitas com a ajuda de recursos eletrônicos bastante simples.
A possibilidade de se transmitir
pensamentos à distância não foi totalmente abandonada com o advento do rádio.
Na verdade, os pesquisadores antigos imediatamente procuraram associar a
possibilidade de se "transmitir" pensamentos à alguma forma de onda
eletromagnética que seria enviada pelo nosso cérebro.
No auge da novidade do rádio,
muitos pesquisadores até aventaram a possibilidade de que no futuro seria muito
comuns que as pessoas tivessem em casa equipamentos eletrônicos com os quais
poderiam se comunicar a qualquer momento com os entes queridos que já se foram.
Não foram poucos os cientistas da época, muitos bastante renomados, que
aceitaram essa idéia sem restrições. É claro que logo a coisa não se mostrou
ser tão simples assim.
Se bem que a atividade cerebral
gere sinais que, na sua maioria estão concentrados na faixa das
baixas freqüências, e são fracos demais para poderem ser detectados à distância,
exigindo pois o emprego de eletrodos, existem outros recursos eletrônicos que
podem ser usados numa pesquisa sobre o assunto, conforme sugere a figura 1.
Sensores de diversos tipos podem
ser usados para detectar modificações de diversas grandezas físicas da própria
pessoa envolvida no experimento, como no meio ambiente que a cerca, permitindo
assim a realização de experimentos interessantes.
Outro campo interessante e
associado às capacidades paranormais dos seres humanos é o relacionado com a
telecinesia (do grego tele = distância, cinese ou kinetik = movimento), ou
seja, à capacidade de se "mover com a força do pensamento" objetos ou
provocar fenômenos de diversos tipos.
A utilização da eletrônica no
estudo desses fenômenos torna-se interessante quando se deseja detectar sua
ocorrência em níveis muito fracos, que não seriam percebidos pelos nossos sentidos,
ou ainda, quando se desejam fazer estudos sem o envolvimento de um operador
humano que possa influir nos resultados.
Podemos incluir nesses estudos
outros tipos de fenômenos como a percepção extra-sensorial ou ESP com suas
variações como a clarividência, psicometria, e telepatia.
Circuitos Práticos
Uma forma de se pesquisar se uma
pessoa possui capacidades paranormais como a de adivinhar o futuro, ou ainda
ter a percepção de acontecimentos distantes é através de circuitos eletrônicos
que gerem sinais aleatoriamente ou ainda eventos, de tal forma que as pessoas
envolvidas nos experimentos não saibam como prevê-los ou ainda ter qualquer
influência sobre eles.
Um primeiro caso, e mais simples,
consiste na geração de símbolos, ou imagens aleatórias, que seriam usadas para
verificar a capacidade de adivinhação de uma pessoa que tenha as qualidades
necessárias ao experimento.
As chamadas "cartas
zener", tradicionalmente usadas pelos pesquisadores, podem então ser
substituídas por dispositivos eletrônicos que gerem símbolos aleatórios que
devem ser "captados" pelo analisado. Na figura 2 mostramos as Cartas
Zener usados em experimentos de ESP.
Figura 2
As cartas zener, podem ser empregadas de
diversas formas: uma delas consiste em se fechar uma ou mais cartas em
envelopes colocados em locais distantes, locais blindados eletricamente (já se
fizeram experiências colocando essas cartas até em submarinos do outro lado do
mundo) e o pesquisado deve advinhar quais são. As cartas são trocadas em
intervalos regulares e o pesquisado deve estabelecer a seqüência que então tem
a proporção de acertos e erros analisadas.
Para utilização de recursos
eletrônicos podemos usar um circuito que gera o acendimento aleatório de LEDs.
Esse circuito é mostrado na figura 3 e pode ser considerado um sorteador
aleatório eletrônico de Cartas Zener.
Pressionando-se S1 por alguns
segundos é gerado um número imprevisível de pulsos que são contados pelo
circuito integrado 4093. Esse número vai determinar qual das saídas do 4017 vai
permanecer no nível alto. As demais estarão no nível baixo após o processo.
O pesquisado deve então tentar
adivinhar qual dos LEDs será aceso quando S1 for pressionado. S2 aterra as
saídas do circuito através dos LEDs de modo que apenas o que estiver com a
saída correspondente no nível alto acenderá.
Observe que, apesar do 4017 poder
ser usado para contar até 10, fizemos a programação até 5 de modo que tenhamos
5 LEDs possíveis que corresponderão às cartas zener.
A pesquisa é feita com um número
elevado de tentativas de se adivinhar o LED aceso. Um valor muito acima de 20%
pode indicar a existência de capacidades “paranormais” de adivinhação.
Na figura 4 mostramos a placa de
circuito impresso para este gerador de valores aleatórios.
O circuito pode ser alimentado
por 4 pilhas pequenas comuns ou uma bateria de 9 V.
Lista de Material
Semicondutores:
CI-1 – 555 – circuito integrado
4017 – circuito integrado CMOS
LED1 a LED5 – LEDs vermelhos
comuns
Resistores (1/8 W, 5%)
R1, R2 – 10 k ohms x 1/8 W –
marrom, preto, laranja
R3 – 470 ohms x 1/8 W – amarelo,
violeta, marrom
Capacitores:
C1 – 100 uF x 12 V – eletrolítico
C2 – 1 uF x 25 V – eletrolítico
C3 – 470 uF x 12 V – eletrolítico
Diversos:
S1, S2 – interruptores de pressão
NA
S3 – Interruptor simples
B1 – 6 ou 9 V – pilhas AA ou
bateria
Placa de circuito impresso, caixa
para montagem, fios, solda, etc.
Um outro circuito interessante
que permite gerar números aleatório é o mostrado na figura 5. Esse circuito
gera números de 0 a 9 num display de 7 segmentos.
Neste caso também, depois de
apertar o botão, o operador não pode prever, e nem saber, (se o indicador for
tampado) qual é o número gerado, o qual o pesquisado deve adivinhar.
Um estudo estatístico prolongado
servirá para avaliar se a pessoa analisada tem ou não uma capacidade latente,
que a leve a uma taxa de acertos maior que o normal.
Para a pesquisa com telepatia, o
experimento deve ser conduzido de forma diferente: gera-se numa sala um número
aleatório através dos circuitos mostrados. A pessoa que está nessa sala vê qual
é o LED aceso ou número gerado, devendo tentar transmiti-lo através do
pensamento à pessoa que se encontra na outra sala.
Combine uma transmissão
compassada, usando talvez algum dispositivo de sinalização (uma campainha ou
lâmpada). A cada toque a pessoa que deve receber a informação mental, e a que
transmite anota num papel e depois é feita a comparação para se determinar
acertos e erros, conforme sugere a figura 6.
O computador também é uma poderosa
ferramenta para se poder trabalhar com a telepatia e mesmo outras capacidades
paranormais.
Existem diversos sites na
Internet que “geram” combinações de cartas zener aleatoriamente que podem ser
usados em experimentos. O próprio pesquisador pode criar facilmente pequenos
programas que geram números aleatórios ou mesmo símbolos para serem usados nos
experimentos.
Um desses sites é: http://moebius.psy.ed.ac.uk/~paul/zener.html. Clique em “here” para fazer seu
teste.
Telecinese
Existem diversos experimentos
envolvendo telecinese que podem ser implementados com a ajuda de circuitos
eletrônicos relativamente simples.
Sensores de diversos tipos podem
ser úteis para verificar quando um objeto realiza ummovimento, mesmo
que seja imperceptível para os nossos sentidos. Os menores movimentos de um
objeto, incapazes de serem percebidos pelos nossos olhos podem ser detectados
por circuitos eletrônicos.
Podemos começar dando como
exemplo, uma disposição eletrônica para se verificar se uma agulha se move.
Essa disposição é mostrada na figura 7, onde aproveitamos o mesmo
princípio usado na detecção de movimentos de uma forquilha ou pêndulo,
analisados em artigo anterior desta série, usando um pequeno espelho.
O que se faz no experimento é
verificar se a "ação mental" de um pesquisado pode movimentar a
agulha de alguma forma. O pesquisado concentra-se devendo fazer com que a
agulha se mova.
Sua colocação dentro de uma
cúpula de vidro, evita que correntes de ar causem movimentos da agulha que
possam ser interpretados de forma errada.
Um outro experimento muito
interessante que envolve a telecinese é o que tenta detectar se além do
movimento, pode-se alterar alguma característica física de um objeto utilizando
a força da menta. Na figura 8 mostramos um interessante circuito que detecta se
pequenas variações da temperatura da junção de um diodo ocorrem.
O circuito é sensível o bastante
para acusar variações de poucos graus, que não poderiam ser percebidas pelos
nossos sentidos. No caso, observamos que o acoplamento de um termômetro a um
objeto em pesquisa seria bastante problemática.
O que se faz então é expor o
diodo à influência do pesquisado que deve alterar a sua temperatura sem
tocá-lo, conforme mostra a figura 9.
O uso de uma cúpula de vidro ou
outro recurso que evite a influência do ambiente exterior pode ser importante
nesse tipo de experimento.
Para usar, basta ajustar o
potenciômetro para que o instrumento indique uma corrente mais oumenos no
meio da escala. Depois é só concentrar-se no diodo e observar se a agulha muda
de posição. Uma deflexão para a direita indica aumento da temperatura.
Lista de Material
Q1 – BC548 ou equivalente –
transistor NPN de uso geral
D1 – 1N4148 ou qualquer diodo
comum (sensor)
M1 – 0 – 200 uA –
microamperímetro
R1 – 1 M ohms – potenciômetro
R2 – 1 k ohms – resistor –
marrom, preto, vermelho
S1 – Interruptor simples
B1 – 6 V – 4 pilhas pequenas
Um outro equipamento de pesquisa
que pode ser usado pelos que desejam usar recursos eletrônicos, capaz de
revelar capacidades paranormais, é o mostrado na figura 11.
Trata-se de um circuito indicador
de corrente numa bobina. Essa bobina pode ser feita com algumas voltas de fio
comum em torno de uma caixa de sapatos.
O potenciômetro ajusta a corrente
na bobina para um valor que resulte numa indicação de meia escala do
instrumento (microamperímetro). A finalidade do experimento é verificar se a
concentração do pesquisado pode levar a alterações na intensidade da corrente
elétrica na bobina.
A montagem real desse
interessante (e simples experimento) é mostrada na figura 12.
Sua elaboração é baseada em
relatos de pessoas que podem influenciar indicadores elétricos de um painel,
como por exemplo, os amperímetros. Cabo ao leitor interessado neste
assunto fazer seus experimentos.
Lista de Material
B1 – 3 V – 2 pilhas pequenas
M1 – Microamperímetro – 0 – 200
uA ou próximo disso
P1 – 100 k ohms – potenciômetro
R1 – 10 k ohms – resistor –
marrom, preto, laranja
L1 – Bobina – ver texto
Diversos:
Suporte de pilhas, fios, solda,
etc.
Conclusão
Estudiosos afirmam que as pessoas
podem desenvolver diversos tipos de capacidades paranormais, dentre elas a de
poder prever fatos, ler pensamentos, receber mensagens telepaticamente e
finalmente mover objetos simplesmente com a “força do pensamento”.
Evidentemente são assuntos que
atraem a atenção de muitos leitores, se bem que não sejam aceitos pela ciência
oficial. Nada impede entretanto, que a ciência oficial ofereça seus recursos e
tecnologia para que tais assuntos sejam estudados. É uma boa forma de verificar
se o que se fala deles tem ou não fundamento.
Assim, nesta série de artigos,
não defendemos qualquer teoria que procure explicar tais fenômenos a partir de
um ponto de vista que não seja científico. Defendemos simplesmente o uso da
eletrônica na sua pesquisa. Cabe ao leitor, que descobrir algo, procurar as
explicações que se adaptem mais a suas crenças ou formação.
Fonte: Desconhecida ( Se alguém identificar mante para que eu coloque aqui)
Nenhum comentário:
Postar um comentário