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segunda-feira, 23 de julho de 2012

Yoga


Chakas o Desenvolvimento Pleno do Ser
"todos têm oportunidade de vivenciar a plenitude do Ser através da correta energização de cada um dos sete Chakras principais[...] a vida é um processo de autoconhecimento e é iniciada na hora em que somos gerados". Paulo Murilo Rosas
Segundo os Tantras, no decorrer de uma vida, todos têm oportunidade de vivenciar a plenitude do Ser ao vivenciar as diversas fases da existência através da correta energização de cada um dos sete Chakras principais.
É como se tivéssemos uma história para contar, história com princípio, meio e fim, cujo final seria sempre feliz, pois teríamos passado pelas diversas fases da vida sem nos identificarmos com nenhuma delas e, finalmente, viveríamos a plenitude do Ser.
A vida é um processo de autoconhecimento e é iniciada na hora em que somos gerados, desenvolvendo a partir daí as características do primeiro Chakra, o básico ou raiz, chamado em Sânscrito Muladhara, que é considerado o início e o fim de toda uma história de vida.
Esse Chakra é básico porque nele começamos a desenvolver as características da nossa personalidade, o nosso desenvolvimento físico, mental e espiritual. Nesta fase da vida aprendemos a andar e, literalmente, a ficar em nossas próprias pernas.
Manifestamos, então, a necessidade da lógica, da ordem e de nos estruturarmos, nos orientando no tempo e no espaço, desenvolvendo a nossa percepção através dos cinco sentidos.
Neste nível, somos completamente dependentes dos nossos pais (cuidados, atenção, afeição, higiene, alimentação) e por isso desenvolvemos os nossos primeiros conceitos de lealdade, identidade e código de honra familiar. Estabelecemos as nossas raízes, identificamos a nossa tribo ou o nosso clã.
É fundamental para a nossa caminhada estarmos com este Chakra bem estruturado, pois a estabilidade psicológica se origina na unidade familiar, nosso primeiro ambiente social.
O segundo passo nesse caminho é chamado de Svadhisthana Chakra, que significa "Suporte do Sopro da Vida".
Nesta fase se dá a descoberta da sexualidade, o surgimento das características masculinas e femininas da nossa personalidade. Há o impulso de se voltar para fora do nosso clã, a necessidade de novos conhecimentos, de novos relacionamentos, de estabelecer novas amizades, de expandir o ambiente físico.
Neste nível, desenvolvemos um senso de identidade pessoal, de limites psicológicos, de avaliação de nossas forças pessoais, modificando com isso a nossa forma de interagir, não só com a nossa família, como também com o mundo ao nosso redor.
É importante, para a nossa caminhada, desenvolvermos nesta etapa da vida a auto-suficiência, o instinto de sobrevivência, a habilidade para sobreviver, para se defender, para se proteger, para estar bem no mundo que nos cerca e desenvolver o talento de tomar decisões pessoais na hora certa.
O terceiro Chakra, Manipura, que significa "Cidade das Jóias", influência a terceira etapa, quando chegamos à fase da adolescência, a fase em que nos voltamos, aparentemente, contra a figura materna ou paterna para podermos nos afirmar como uma personalidade independente e conhecedora dos nossos limites; por isso, o Manipura também é chamado de "Centro do Poder Pessoal".
Aqui se dá a formação do Ahankara, que significa a noção do "eu", esse eu que se identifica com o corpo, com a mente ou com o intelecto e que está sujeito aos pares de opostos, gostos e aversões, tais como: feio e bonito, bem e mal, etc.
Neste nível ocorre a passagem do modo como nos relacionamos com as pessoas para o modo como nos relacionamos e compreendemos a nós mesmos.
Este Chakra é também considerado o centro das emoções e por isso é imprescindível que se desenvolva na personalidade, entre outras coisas, a auto-estima, o auto-respeito, a autodisciplina, a generosidade, a ética e a força de vontade para não ficarmos ao sabor das emoções.
Segundo a tradição, até esta etapa da vida o indivíduo é chamado de Bramachari (estudante).
Dizem os Tantras que o quarto Chakra é o Anahata, "Som Místico", e é assim chamado porque se diz que a concentração nele permite escutar o Sabda-Brahma, isto é o som primordial que surge sem o choque de dois objetos.
Podemos deduzir que neste nível começamos a ter a necessidade de nos interiorizarmos e desenvolvemos uma forma de personalidade mais abrangente, em que a individualidade e o sentimento de universalidade começam a se fundir.
Anahata corresponde ao nível afetivo, e nesta faixa etária já estaríamos com os pés no chão (Muladhara), com força para vencer os obstáculos que a vida nos impõe (Svadhisthana), com a nossa personalidade bem estruturada (Manipura), e aí, então, começaríamos a pensar em experenciar uma parceria mais profunda com o outro ou a outra, sem abdicar, no entanto, da nossa própria individualidade.
O Yantra (símbolo geométrico) do Anahata são dois triângulos que se interpenetram, semelhante à estrela de Davi, e que representam o encontro de Shiva/Shakti (características masculinas e femininas da nossa personalidade), significando que cada indivíduo deve estar bem consigo mesmo para então poder criar uma parceria íntima de sucesso. O casamento é visto, neste nível, como a união de dois seres que se amam com a intenção de uma evolução consciente.
Neste Chakra já se tem a necessidade de uma entrega a uma força superior, que alguns chamam de Deus e que se compreende como sendo "Amor", daí surgir a necessidade de uma religião que fale de amor e enalteça as qualidades desse sentimento. É interessante notar que muitas vezes, quando as pessoas têm uma forte decepção amorosa, se voltam para a religião como uma maneira de compensação e, então, entregam os seus sentimentos mais nobres a alguém que elas julgam jamais irá magoá-las.
Nesta fase da vida já estaríamos prontos para criar e manter o nosso próprio clã; por isso, essa etapa é denominada, segundo a tradição, de Grhastha (casado).
O quinto passo, o Visuddha "Grande Pureza" está localizado no centro do pescoço e é considerado o Centro da Criatividade e Verbalização de todas as nossas emoções, sentimentos e sensações.
Neste nível se dá a compreensão de Deus Impessoal e, por isso, diz-se que o Visuddha é o centro do renascimento em termos espirituais, pois aqui se dá a liberação plena de nossa vontade à vontade Divina.
É interessante notar que na saída do útero materno temos que passar por um estreito canal, onde o nosso corpo é apertado e comprimido até conseguir sair e iniciar, com o primeiro alento, o ciclo da vida. É como se fosse um acordar para outra "realidade". Nessa região (Visuddha), ocorre algo semelhante, representado pela passagem da energia através do pescoço (parte estreita que liga o tronco à cabeça), onde todos os nossos valores, crendices e visão da vida devem ser abandonados para poder surgir o novo ser com a compreensão mais abrangente de Si mesmo, de Deus e da Vida.
Nesta etapa, já teríamos criado e preparado os nossos filhos para a grande experiência da vida e aí então poderíamos nos dedicar mais intensamente a buscar a resposta à pergunta que agora se tornou o objetivo maior de nossa vida: Quem sou eu? - Sou este ser limitado que se identifica com este corpo, esta mente ou este intelecto?
Esta região é chamada de "O portal da Grande Liberação", pois aqui se dá a necessidade do desenvolvimento dos potenciais latentes e o estudo da compreensão de si mesmo.
Nesta etapa da vida o indivíduo é denominado Vanaprastha (aposentado).
Segundo os Tantras, o sexto Chakra é chamado de Ajna, que significa "Mando"; é também chamado de "Terceiro Olho", pois nele se dá a interação da mente e da psique, podendo levar à visão intuitiva e ao conhecimento (sabedoria).
Este Chakra envolve as nossas habilidades mentais em todas as suas formas, nos permitindo avaliar com clareza as nossas crenças e atitudes e nos dá uma compreensão precisa e um entendimento rápido do que está sendo lido, escutado e meditado.
Neste nível, o indivíduo se vê impelido constantemente a buscar a diferença entre a verdade e a ilusão e, embora ainda permaneçam as Vasanas (tendências da personalidade), o indivíduo já é considerado realizado, ou seja, consegue vivenciar na diversidade a unidade.
Segundo a tradição, neste sexto passo o indivíduo é denominadoSannyasi (renunciante), pois aqui ele é capaz de, mesmo agindo, renunciar aos frutos da ação e é capaz de desapegar-se das percepções subjetivas e ver a verdade nas situações.
O sétimo e último passo, Sahasrara, o "Lótus de Mil Pétalas", é o que conduz à liberação de todos os Sanskaras, tendências de virtude e pecado, e desejos reprimidos.
Neste Chakra o amor pessoal é transcendido e se vive o amor universal
Este nível é também chamado de Transpessoal ou Transcendental, pois se tem a consciência da realidade e a vivência da unidade do Ser.
Segundo a tradição, o indivíduo que chegou ao estágio de Turya (completo, absoluto) é considerado o Sábio.
Ocorre nesta Yuga (época), entretanto, uma grande dificuldade dos indivíduos vivenciarem plenamente os sentimentos, as sensações e as emoções de cada uma das etapas da vida ou destes níveis de consciência e, por isso, os Rsis (sábios) desenvolveram e mapearam cuidadosa e criteriosamente a Sadhana Tântrica, legando este precioso tesouro à posteridade.
Todos os tipos de Yoga são todos verdadeiros e necessários, todos apontam para um determinado nível de consciência

Sadhana Tântrica
"No Tantra o processo do praticante é individual, precioso, e tem o seu próprio ritmo - deve ser cuidado criteriosamente" - Paulo Murilo Rosas
A Sadhana (disciplina) Tântrica é um caminho amplo que a todos convida. É uma porta aberta ao autoconhecimento, mas a admissão só é buscada por poucos.
No caminho tântrico você não pode ser um mero espectador. Ele exige o seu envolvimento ativo. Você precisa agir ! Se seguir os ensinamentos tântricos e executar as práticas neles baseadas, produzirá uma mudança total na sua personalidade e, o que é mais importante, será o único responsável por essas mudanças.
Qual é a finalidade dessas mudanças ? É perceber que você já é a felicidade que tanto busca. Não é uma simples aquisição de acervo intelectual. É, em verdade, um reconhecimento de que você já é, sempre foi e será o objetivo de sua busca. Em termos tântricos, diríamos que o Sadhaka (o buscador) é a sua própria Sadhya (objetivo).
Ao iniciar a sua Sadhana, sua disciplina ou o seu processo, suas atitudes, seus valores e aspirações passam por uma transformação radical, que ocorrerá gradual e sistematicamente à medida que o processo vai agindo no seu próprio ritmo. Isto significa que cada Sadhaka tem seu próprio processo e seu próprio ritmo, que deve ser observado e preservado.
Esse processo é, em si mesmo, um segredo, pois é individual, frágil e precioso, e deve ser orientado e cuidado criteriosamente, porquanto reconhecer a nossa verdadeira natureza é um processo difícil e, na maioria das vezes, doloroso. Ele exige que assumamos, espontaneamente, o compromisso de seguir o caminho que conduz à auto-realização. Ele necessita que trabalhemos conscientemente com a parte mais íntima do nosso ser.
O processo requer que nos livremos dos antigos níveis de identificação. Esses níveis de identificação, aqui referidos, estão ligados aos 7 Chakras principais, que correspondem aos 7 níveis de consciência preconizados pelos Tantras.
"Esta é a eterna busca da felicidade suprema, o autoconhecimento, a Sadhana Tântrica, que os Rishis (sábios) mapearam cuidados e criteriosamente, legando este precioso tesouro à posteridade". - Do livro Visão Tântrica da Vida
“Somente quando Shiva está unido a Shakti. Ele tem o poder de criar” - Do livro Saundaryalahari

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